Começar um curso em uma universidade é sempre uma experiência cheia de expectativas, principalmente se essa for a sua primeira vez entrando na vida universitária. Isso ocorre porque todos temos um repertório cultural lotado de filmes e séries que criam um imaginário comum de como é esse momento da vida. Sempre são histórias repletas de amigos, festas e com certeza algum time da faculdade envolvido no meio para ir disputar campeonatos. Acontece que essas expectativas não precisam ser só expectativas, as atléticas existem e proporcionam tudo isso aos estudantes: fazer novos amigos, ficar por dentro dos eventos e desenvolver-se em algum esporte.
Elas são verdadeiramente uma “mão na roda” para quem quer aproveitar ao máximo o período universitário e tem dificuldade em fazer novos amigos, ou está indo morar em uma nova cidade mesmo para o curso. As atléticas são perfeitas para quem precisa de uma ajudinha em se familiarizar com o ambiente novo. Portanto, aqui vai tudo o que você precisa saber sobre essas instituições e o porquê você deveria conhecê-las assim que começar seu primeiro dia na faculdade.
O que são atléticas universitárias?
Para começarmos bem, primeiro vamos entender o que é uma atlética. Duas das principais características delas a serem entendidas para explicar são que elas fazem parte da cultura universitária e são feitas pelos estudantes para os outros estudantes. Boa parte dos rituais que se vê nas faculdades, como calouradas, festas de encerramento de semestres, entre outras, tem a atlética como uma das entidades organizadoras.
É tradicional também que estes sejam coletivos formados apenas pelos estudantes, uma vez que o objetivo das atléticas é voltado justamente para eles. Por isso, toda a estrutura é composta pelos próprios universitários, eles ocupam posições como Presidente, Vice-Presidente, Tesoureiro e trabalham até mesmo nos departamentos de marketing.
Falando sobre a estrutura das atléticas, elas podem ser bem complexas, mas muito importante de serem conhecidas caso o aluno queira participar de uma. Na prática, cada atlética se organiza do seu próprio jeito, porém há alguns setores que costumam ser comuns a todas elas. Alguns deles (e os mais óbvios de serem comuns) são os cargos de Presidente, Vice-Presidente, diretor(a) de esportes, secretário(a) e tesoureiro(a), nada diferente do que alguém esperaria de um coletivo universitário.
Porém, há outros níveis de organização que podem te surpreender, como a diretoria de marketing, diretoria de eventos e até diretoria de produtos (afinal, de onde mais você poderia comprar as roupas e bandeiras da sua atlética?).
O que as atléticas universitárias fazem?
Historicamente, a criação dessas entidades era justamente promover maior integração entre a galera universitária, permitir que calouros se enturmassem, que conhecessem mais veteranos e que classes, cursos e anos se misturassem. Não demorou muito para que as atléticas começassem a desempenhar um papel cada vez maior no mundo universitário. Elas não só se tornaram grandes responsáveis pelos eventos de confraternização, como também viraram ambientes para os alunos exercerem suas habilidades, funcionando como empresas mesmo, algumas até têm CNPJ.
As atléticas universitárias, atualmente, são muito mais do que só entidades de esporte, elas organizam eventos, produzem e vendem produtos temáticos, criam uma imagem, planejam e realizam campeonatos e muito mais. Portanto, há espaço para todos da faculdade encontrarem alguma oportunidade relacionada à sua área nas atléticas e já começarem a ganhar alguma experiência.
Existe também a função social e comunitária das atléticas. Elas exercem o papel de mobilizar a comunidade universitária para fazer ações de solidariedade, significando um apoio importantíssimo para diversas instituições de caridade.
5 atléticas queridas em São Paulo
Agora chega de falar apenas do conceito do que é uma atlética e vamos direto para as que você mais vai ouvir falar ao longo da sua vida universitária em São Paulo.
AAAGV da FGV
A Associação Atlética Acadêmica Getúlio Vargas foi fundada oficialmente em 1987, quando se tornou independente do Diretório Acadêmico Getúlio Vargas, devido a um aumento no interesse dos alunos nos esportes. Sendo assim, a mais velha dessa lista.
Eles são os responsáveis por realizar os eventos específicos da FGV para os alunos, como a GVjada, BotaFora e Giabólica. Além de organizar, realizar e participar de jogos universitários. Os campeonatos dos quais os GVnianos participam são a Economíadas (da qual a FGV fez parte da criação), Integramix e TUSCA.
Eles escolheram as cores preto e amarelo para representar seu amor pela faculdade e seu mascote é um jacaré, que é até referido no nome de alguns eventos, como a Jacatenda, e em uma das suas ações solidárias, o Amigo Jacaré. Este que não é a única ação de caridade da FGV, pois é acompanhado do Trote Solidário, ambos promovidos pela atlética para usar da solidariedade universitária para ajudar instituições em São Paulo.
AAA Jesse Owens da Cásper Líbero
Criada em 1993, a Associação Atlética Acadêmica Jesse Owens surgiu com esse nome para homenagear o atleta negro norte-americano que conquistou 4 medalhas de ouro nas Olímpiadas de Berlin em 1936 e criou um profundo impacto na agenda supremacista de Hitler. Um outro ano importante para essa atlética foi o de 1995, quando naquela edição do JUCA os alunos da Cásper escolheram o Homem-Pássaro como seu mascote.
Já que citamos os Jogos Universitários de Comunicação e Artes (JUCA), outro jogo universitário do qual os casperianos sempre participam é o Novo Desporto Universitário (NDU). Em todas as ocasiões, os alunos sempre vão vestindo as cores vermelho e branco.
A atlética do homem-pássaro é sempre presente na organização de eventos como o Arriba Cásper e Cervejada dos Bixos. A Cásper também tem seu próprio Trote Solidário e, apesar de serem entidades distintas, o Homem-Pássaro sempre incentiva os alunos a aderirem aos projetos da Cásper Solidária.
Pucão da PUC-SP
O Pucão nasceu em 2001 da oportunidade criada pela abertura de uma vaga de participação de uma nova faculdade no JUCA. Para aproveitar essa chance e começar a carreira esportiva da PUC, foi criada a Atlética de Comunicação da PUC, carinhosamente apelidada de PUCÃO, apelido que foi transferido para seus times como Cachorro Louco, para os de futebol e futsal, e Rottweiler, para o de Rugby.
Vestindo seu azul marinho e amarelo, os puquianos mais caninos participam do JUCA como jogo universitário, organizam religiosamente às sextas-feiras um esquenta para baladas, chamado Vira-Lata, e realizam também o tradicional Trote Solidário.
AAA ESPM
Fundada em 1991, a Associação Atlética Acadêmica da ESPM, também conhecida como Jacarito, é outra das mais antigas das atléticas, nascida da dor dos alunos de não terem um ambiente de esporte na faculdade. Desde então, participam anualmente do JUCA e da Economídia, promovem o seu famoso SleepOver e o grande Baile dos Solteiros e organização do Trote Solidário anual.
O apelido da atlética entrega logo quem é seu mascote, o jacaré Jacarito, representado sempre pelas cores azul e branco.
Ecatlética da USP
A Associação Atlética Acadêmica Lupe Cotrim é o nome formal, em homenagem à poeta paulista Lupe Cotrim, da famosa Ecatlética, nascida como instituição independente em 1990.
A Ecatlética participa principalmente do JUCA e do BIFE, sendo este segundo voltado para os cursos dentro da própria USP. Além dos jogos, os alunos da USP ainda podem vestir seu tradicional amarelo e roxo na FestECA, que acontece anualmente e é um dos maiores eventos universitários de São Paulo.
Recentemente, os diretores da Ecatlética têm atribuído um caráter benevolente à FestECA através da realização de campanhas de doações com os convidados. A ideia começou em 2012, com a doação de brinquedos, e vem sendo um sucesso desde então.
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