A aprovação na universidade é uma das maiores conquistas de um estudante que lutou para conquistar a tão sonhada vaguinha. Ao chegar ao primeiro dia na faculdade, o aluno é recepcionado pelos veteranos de seu curso com um evento chamado trote, que nada mais é do que um ritual que celebra a passagem de entrada desse novo membro ao curso e à universidade – o evento também pode ser chamado de trotes solidários.
Nos dias atuais, diversas universidades do País, de Norte a Sul, estão optando pelo projeto trote solidário. Mas, afinal, o que é? Nesta matéria, vamos te explicar a prática que leva o bem a quem precisa, além de destacar os tipos de ações realizadas.
Você sabe qual é a história do trote?
Acredite ou não, a prática do trote nas universidades não é de hoje. Foi criada no século XIV, na Idade Média. Segundo historiadores, acredita-se que esse rito cerimonial foi criado pelos cavaleiros da época. Quando um soldado passava por outro no mesmo posto, o cavaleiro levantava o visor de sua armadura em sinal de respeito. Já a origem do termo trote também é da época. O significado é uma comparação da forma como os cavalos da Idade Média se movimentavam de forma lenta entre a marcha e o galope. No século XIX, os trotes nas universidades europeias eram manifestados aos novos ingressantes da instituição a hierarquia que os veteranos e os calouros tinham socialmente.
De qualquer forma, a história do trote e do termo demonstram um caráter simbólico e social com os ritos de passagem para assumir uma identidade nas universidades.
O que são trotes solidários?
Devido a diversos históricos de violência de trotes nas instituições brasileiras públicas e privadas, esses tipos de rituais foram proibidos nas universidades, como alternativa os veteranos encontram um modo de recepcionar os novos integrantes e, ainda, fazer o bem a quem precisa: por meio do trote solidário, que nasceu na década de 1990, com o objetivo de ajudar pessoas de fora da comunidade.
As ações são realizadas, na maioria das vezes, pelos estudantes que estão nas fases iniciais do curso das universidades a cada novo semestre. As iniciativas são organizadas pelos alunos e os novos ingressantes dos cursos. O trote não só tem um viés voluntário como é um meio de interação do aluno com a sociedade.
Benefícios dos trotes solidários
Fazer o bem não só beneficia quem está participando da ação, como ajuda quem precisa. Um dos maiores pontos positivos dos trotes solidários são as ações realizadas.
As instituições sociais escolhidas serão presenteadas com ações feitas pelos alunos, além da integração entre sociedade e acadêmicos. Os trotes solidários não só incentivam a contribuição para a cidadania, como a sociedade recebe pessoas preocupadas com a comunidade.
Foi pensando nesse propósito, de ajudar a comunidade, que a Fundação DPaschoal criou, em 1999, o Trote da Cidadania. Um evento que tem como principal objetivo estimular o envolvimento de jovens universitários em ações cidadãs, como forma de despertá-los para o empreendedorismo e o protagonismo social. As melhores iniciativas são premiadas com certificado de participação emitido pela Fundação Educar DPaschoal.
Tipos de trotes solidários
Fazer trabalhos de interação com novos colegas da faculdades aquece o coração. Quando o trabalho é voltado a pessoas que precisam, a essência de gratidão é maior ainda. Confira algumas ações que podem ser feitas nos trotes solidários.
Doe sangue e medula óssea
É muito simples. Basta você fazer o cadastro e criar o hábito de doar a cada três meses e levar algum colega que está participando do trote solidário. Além de fazer o bem a você e a seu amigo, fará o bem a quem mais precisa.
Arrecadação de roupas e agasalhos
Tem muita roupa no seu armário? Desapegue e jogue a ideia para o trote solidário. O ato de arrecadar coisas que não são úteis, mas a quem precisa, te faz ficar leve. Porém, todas as arrecadações são feitas com itens em bom estado.
Arrecadação de alimentos
Com o agravamento da pandemia de coronavírus no Brasil, somado ao término da primeira fase do Auxílio Emergencial, colocou novamente em evidência um dos problemas crônicos do Brasil: a fome. Por isso, universidades se unem com arrecadação de alimentos não perecíveis e leite para a distribuição de cestas básicas a comunidades que precisam de ajuda.
Visitas a asilos e orfanatos
O ato de doar o tempo com membros de trotes solidários faz um bem danado a pessoas que querem ser escutadas e querem se divertir. Visitas a asilos e orfanatos, por exemplo, são ótimas para esse propósito.
Nessas visitas, são realizadas atividades de música, leituras de história, atividades de dança e pinturas nos rostos das crianças. E o mais legal de tudo é que nos trotes solidários, tudo é feito com muito amor e carinho. Aqui vai uma dica: caso você esteja organizando um trote com seus calouros, foque em lugares pouco vistos e conhecidos.
Exemplos de trotes solidários pelas universidades
Recentemente, a Escola de Comunicação e Artes da Universidade de São Paulo, realizou uma campanha de doação de sangue. O instituto Federal do Rio de Janeiro realizou a mesma campanha que os alunos da USP fizeram: os alunos foram até o Hemorio para realizar a campanha coletiva.
Outra ação realizada foi em 2018. Os calouros de Administração, Ciências Contábeis e Economia da USP foram incentivados a cortar o cabelo para a ONG Cabelegria, que doa perucas para crianças com câncer.
Está se preparando para o 1º dia de trote, mas não tem hospedagem?
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