A VBI Real Estate, gestora de recursos focada no mercado imobiliário, se prepara para investir entre R$ 200 milhões e R$ 300 milhões por ano no promissor mercado de aluguel de apartamentos para universitários e recém-formados. O setor de moradias estudantis é grande nos Estados Unidos e na Europa, mas ainda pouco explorado no Brasil. O foco dos aportes é a Uliving, empresa em que a VBI tem como sócia a britânica Grosvenor Group, especializada no ramo lá fora.
A VBI vai concluir em 2021 o primeiro grande ciclo de investimentos na empresa. O plano trienal previa desembolsos de R$ 500 milhões, mas os sócios elevaram o cheque para R$ 600 milhões dadas as boas oportunidades. Deste total, R$ 400 milhões já foram executados.
O grupo comprou recentemente dois prédios para reformas e adaptação em São Paulo (Pinheiros) e Santos, e um terreno em Campinas para erguer um empreendimento do zero. No próximo ciclo, a meta é ir além do eixo Rio-São Paulo e chegar a Porto Alegre, Curitiba, Belo Horizonte e Brasília, conta o fundador e sócio da VBI, Rodrigo Abbud.
O passo da caminhada foi acelerado em plena pandemia, mesmo com os universitários em casa. Entretanto, Abbud aposta na volta desse público quando a situação se normalizar. “Quando o jovem sai da casa dos pais, dificilmente aceita voltar, a não ser por necessidade financeira”, diz. Além disso, a empresa passou a atender também os recém-formados à procura de um apê em cidades de grande porte.
A Uliving fechou 2020 com 1,3 mil vagas, número que subirá para 1,8 mil no fim de 2021. No ano passado, a ocupação chegou a cair para 50% devido à quarentena, mas se recuperou nos meses seguintes, chegando a 75% atualmente. O aluguel começa em R$ 1.300 em um quarto compartilhado e pode chegar a R$ 4.500 em um apartamento individual mais espaçoso.
FONTE: ESTADO DE S. PAULO